BIBLIOTECA IJEP - PSICOLOGIA JUNGUIANA NA CONTEMPORANEIDADE: INTERAÇÃO DA PRÁXIS HOMEOPÁTICA COM A PRÁXIS PSICOTERAPÊUTICA JUNGUIANA


Informações

Autor(a)

JOSÉ NIVALDO DA FONSECA


Data publicação

17/12/2020


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Hastags #patogenesia #simillimum #sintomasvagos #arquétipos #complexos #processodeindividuação #sentidoteleológico
Resumo

Esta monografia aborda a viabilidade da interação da práxis da psicoterapia junguiana com a práxis Homeopática. Na minha experiência psicoterapêutica, muitas vezes deparei-me com o dilema de medicar ou não um paciente sob a vivência de algum sintoma insuportável. Sendo também psiquiatra, não me via tolhido para prescrever este ou aquele medicamento que julgasse necessário em cada caso, a não ser quanto ao retrocesso que amiúde ocorre nos processos psicoterapêuticos, quando da administração de uma medicação de ação supressora/repressora de sintomas. Por força do destino, envolvi-me com a Homeopatia e, mediante vários casos tratados, pude constatar que sua terapêutica pode ser de grande valia nos momentos críticos do devir psicoterapêutico. Infelizmente, despendi muito tempo com os aspectos práticos da especialidade, sem atentar para a pesquisa teórica daquilo que a mim se descortinava. Leitor não técnico de Jung, não me dava conta de que uma visão psicoterapêutica, para além de Freud, pudesse englobar teoricamente aquilo que eu experienciava, o que aconteceu quando me dispus a conhecer Jung com consistência. Então, a partir de a compreensão do inconsciente junguiano, pude relacioná-la com os conteúdos mentais que surgem nas patogenesias homeopáticas. Com efeito, aquilo que poderia ser apenas fruto de idiossincrasias de pacientes ganhou vida, dentro de um contexto teórico antes não imaginado. Ter chegado, então, à inquietude de relacionar as praxes da Homeopatia e da psicoterapia Junguiana foi um pulo; bastava, efetivamente, rever os ensinamentos de Hahnemann e estudar tanto quanto possível a obra junguiana. Deste empenho, tive que percorrer as principais histórias da Medicina como também contextualizar o pensamento de Jung em relação ao de Hahnemann. Em seguida, tive de apreender as aproximações e afastamentos entre os dois saberes, para, por fim, intuir a existência de um liame essencial entre eles, o que, penso, se deu na apreciação de um sentido teleológico que confluiu os pensamentos de Hahnemann e o de Jung. Outros autores ajudaram-me na composição desta monografia; mas, sem dúvida, o que aqui está em pauta é o benefício que ela poderá trazer aos pacientes que trilham seus processos de individuação. Oxalá isto se torne factível!