BIBLIOTECA IJEP - PSICOLOGIA JUNGUIANA NA CONTEMPORANEIDADE: A UTILIZAÇÃO DA TÉCNICA EMDR COMO FERRAMENTA NO ATENDIMENTO EM CASOS DE ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO NA ANÁLISE JUNGUIANA


Informações

Autor(a)

THAIS ROSENBERG


Data publicação

14/12/2020


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Resumo

O interesse pessoal e a crescente demanda recebida em consultório para atendimentos de emergência e com pacientes que apresentam sintomas de estresse pós-traumático, paralelamente a formação em Psicoterapia Junguiana, despertou o desejo de aprofundamento no tema em associação a esta abordagem. Em decorrência da experiência clínica na Psicologia das Emergências, junto a uma equipe de psicólogos que atua sob abordagem psicanalítica com a utilização da técnica de dessensibilização e reprocessamento através dos movimentos oculares – EMDR – (sigla em inglês para Eye Movement Desensitization and Reprocessing) surgiu o interesse em relação a possível aplicabilidade, como mais uma ferramenta, na clínica junguiana. Este trabalho objetiva refletir sobre a possibilidade de utilização da técnica EMDR como ferramenta no atendimento em casos de estresse pós-traumático na Análise Junguiana. É necessário questionar: Ha coerência desta alternativa? Como se daria essa aproximação teórica e o que se faz necessário considerar e estudar? Para a realização deste trabalho foi realizado um estudo de caráter exploratório qualitativo, baseado em fontes bibliográficas e em trabalhos publicados em sites de conteúdo acadêmico e científico. A hipótese central é de que é possível e coerente a utilização da técnica EMDR como mais uma ferramenta de atuação, na Análise Junguiana, em casos de estresse pós-traumático. A conclusão é de que mesmo encontrando alguns pontos de convergência e coerência, que possibilitariam uma aproximação, o fato de localizar apenas um único artigo com esse objetivo, indica que ainda há muito a se analisar e pesquisar para poder afirmar com segurança que a utilização dessa técnica seja segura e que se encaixe na abordagem junguiana. Seguramente, tal possibilidade nunca substituirá o caráter individualizado da análise – em que nenhuma técnica ou protocolo servirá a todo e qualquer sujeito, indiscriminadamente, mesmo com um protocolo definido com embasamento e com resultados comprovados, sem considerar-se a qualidade da relação com o analista e a estrutura psíquica, a demanda, o momento e a disponibilidade do paciente.