BIBLIOTECA IJEP - ARTETERAPIA DE ABORDAGEM JUNGUIANA: RECORTE E COLAGEM COMO TÉCNICA INAUGURAL EM ARTETERAPIA E EXPRESSÕES CRIATIVAS SOB O ENFOQUE DA PSICOLOGIA JUNGUIANA


Informações

Autor(a)

ADRIANE FLORIO RODRIGUES DE LIMA


Data publicação

14/12/2020


Baixar arquivo PDF


Hastags #psicologiaanalítica #funçãotranscendente #arteterapia #recorteecolagem #expressõescriativas
Resumo

O presente trabalho trata do recorte e colagem como técnica inaugural em arteterapia e expressões criativas sob um enfoque da psicologia analítica. O enfoque dessa pesquisa é o de realizar um estudo exploratório da bibliografia existente e de colher informações sobre a referida técnica, embasando sua importância como recurso em arteterapia e como possibilidade de operar como função transcendente, pois, através da exposição às imagens, é possível travar um diálogo entre os conteúdos conscientes e inconscientes. Defendo que essa vivência aponta para o transcendente, momento que é fundamental para o entendimento de si mesmo. O objetivo central é o de demonstrar a relevância da técnica de recorte e colagem como instrumento facilitador nas sessões iniciais. A problematização se fundamenta na seguinte questão: a que se deve a melhor aceitação dessa técnica? A hipótese que proponho está no fato de que, como a técnica não exige nenhum conhecimento prévio e nem habilidades artísticas específicas, a pessoa que se julga com pouca ou nenhuma habilidade artística não se sente ameaçada e nem constrangida para realizá-la. Esse estudo é de caráter exploratório qualitativo, baseado exclusivamente em fontes bibliográficas. A partir da bibliografia visitada pretendo estabelecer um diálogo entre, de um lado, os conceitos de consciente, inconsciente e função transcendente, desenvolvidos pela psicologia analítica, e, de outro, a técnica de recorte e colagem como facilitadora na arteterapia para a compreensão de si. Os resultados obtidos apontam para o fato de que a simplicidade e pouca ou nenhuma exigência técnica específica colaboram para que o indivíduo se sinta mais confiante e menos avaliado a respeito de suas habilidades artísticas. Esse clima é combustível suficiente para se entregar à técnica de forma consciente, mas com o nível de crítica reduzido, a ponto de trazer à tona conteúdos mais inconscientes, possibilitando a formação da ponte nomeada por Jung de função transcendente.