Ter capacidade crítica e reflexiva é o que me mantém vivo, confiante, plural e feliz! Foi isso que fiz quando anunciei publicamente o sétimo dia do falecimento da minha mãe, aos 101 anos de idade, agradecendo tudo que ela fez por mim e, ao mesmo tempo, criticando o que ela deixou de fazer por ela, na direção consciente do seu processo de individuação. Com isso, acredito que deixei claro a diferença que faço entre amar e gostar. Infelizmente, assim como ela, a maioria dos humanos, por ficarem monotemáticos e egoístas, perdem a oportunidade de servir ao Self que, para C. G. Jung, é a representação da Imago Dei em nós, ou Deus em nós! Ampliando um pouco mais a questão, posso amar uma pessoa, e com isso vibrar e contribuir para sua realização, mesmo que seu caminho vá numa direção contrária ao meu ou dos meus gostos, exercitando minha capacidade de tolerância. Por isso, existem muitos seres humanos, que amo verdadeiramente, e estou sempre pronto para servir e contribuir com seus caminhos de realização, mesmo não gostando se suas posições políticas, religiosas, hábitos, etc. Óbvio que, por amar, jamais deixo de estimula-los criticamente, com o propósito de ampliação da consciência - creio que essa é a minha missão. Porém, quando o convívio passa a ser oneroso, e para respeitar as diferenças passo a me desrespeitar, começo a me desamar e, neste caso, a distância se faz necessária, porque o convívio passa a ser muito desgostoso, consciente de que o limite do amor ao próximo é o amor a nós mesmos preservado!

ARTIGOS DESTAQUE

09/06/2022 - A prática da psicoterapia: a influência transgeracional e a sombra familiar

11/05/2022 - Androides e a ilusão da humanidade puramente artificial

09/05/2022 - O envelhecer como processo de burilamento da alma

03/05/2022 - BREVE HISTÓRICO DA TERAPIA DE CASAL

28/04/2022 - A política como espaço de manifestação da sombra

27/04/2022 - JUNG NAZISTA? FATO OU FAKE

20/04/2022 - DESTRUIÇÃO DA NATUREZA E A PSIQUE

17/04/2022 - “Jung é antissemita?”

11/04/2022 - O uso da tinta acrílica no processo arteterapêutico

05/04/2022 - A invisibilidade: superpoder ou maldição?

27/03/2022 - A sombra da formação de Analista

21/03/2022 - Aspectos sombrios na filha do pai

21/03/2022 - O não reconhecimento do sofrimento psíquico

11/03/2022 - Contágio psíquico e a atmosfera familiar

04/03/2022 - A SOCIEDADE DA GULA

11/07/2022 - A PANDEMIA E O NOVO HUMANISMO

14/02/2022 - Espiritualidade e religião: entre a proximidade transformadora e o neoconservadorismo fatal

11/02/2022 - Encanto: um filme que fala de inclusão

11/02/2022 - Ou Isto ou Aquilo: Escolhas, Conflitos e Saídas Criativas.

11/02/2022 - PSICOSSOMÁTICA E ARTETERAPIA: CONTRIBUIÇÕES AOS PACIENTES ONCOLÓGICOS

21/12/2021 - VIVER A VELHICE, VIVER NA VELHICE

21/12/2021 - O esquecimento e a demência: as relações com o estresse e modo de vida.

10/12/2021 - IBEJI: A VIVÊNCIA DO IRMÃO E O ARQUÉTIPO FRATERNO

10/12/2021 - O caminho solitário para o mundo interior: O Eremita no equilíbrio entre Cronos e Kairós.

10/12/2021 - Adeus ano velho, feliz ano novo

30/11/2021 - Saindo da floresta com Obaluaê: um resgate simbólico da saúde mental dos brasileiros em 2021

30/11/2021 - Autoconhecimento na psicologia analítica

30/11/2021 - OMULU, NOSSO CURADOR-FERIDO AFRO-BRASILEIRO

10/12/2021 - Pesquisa em psicoterapia

30/11/2021 - Influência da vida dos pais em seus filhos

30/11/2021 - O Nascimento de Oxaguiã, enantiodromia e função transcendente

30/11/2021 - IMPORTÂNCIA DO SONHO NO SETTING TERAPÊUTICO – RELATO DE UM CASO

30/11/2021 - A mentira que falta à verdade: a tensão criativa entre Hermes e Apolo.

16/11/2021 - Sentido para a vida após a aposentadoria

10/11/2021 - Corpo vivo em movimento

10/11/2021 - O Masculino: Integração Criativa dos Arquétipos

10/11/2021 - Preconceitos projetivos de cada dia

10/11/2021 - ENCONTROS E DESENCONTROS DO MESTRE E SEUS DISCÍPULOS: DOS PROFESSORES E SEUS ALUNOS.

28/10/2021 - DRAG QUEENS, FEMININO E OS GAYS

26/10/2021 - Algumas lições do Día de Muertos, Patrimônio da Humanidade

25/10/2021 - Autismo e a mãe do autista: muito além do complexo

22/10/2021 - (DES)CONEXÃO COM A CORPOREIDADE: UM REFLEXO DO NARCISISMO CONTEMPORÂNEO?

20/10/2021 - O MITO DE HEBE E SUAS REVERBERAÇÕES NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA

20/10/2021 - UMA ABORDAGEM ANALÍTICA DA DERMATITE ATÓPICA NO BEBÊ

20/10/2021 - Uma experiência de pandemia: da farra dos complexos ao silêncio criativo